(Imagem: Reprodução)
Fonte: Estadão
Em meio a pandemia do novo coronavírus, as respostas precisam ser rápidas e com o mínimo de falhas. Isso também vale para contratações de profissionais do setor da área de saúde que estão na linha de frente do combate ao vírus.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é o 8º maior mercado de saúde no mundo. Conta com 2,18 médicos para cada mil habitantes – o 4º maior país com população médica – mais de 6 mil hospitais e cerca de dois milhões de técnicos, enfermeiros e auxiliares. A área da saúde no Brasil movimenta aproximadamente R$ 20 bilhões anualmente, garantindo emprego para cerca de 12 milhões de pessoas. O Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por grande parte desse impacto na economia nacional.
Mesmo com toda estrutura possível, o novo coronavírus se tornou um grande desafio para os gestores públicos e também das instituições privadas, com a necessidade de expandirem seus quadros para atender ao crescimento da demanda por profissionais e leitos, já vista em outros países. Não é exagero quando falamos que a IA (Inteligência Artificial) está transformando a dinâmica das contratações nesse segmento, ajudando a acelerar a formação das equipes que estão na linha de frente do combate contra a COVID-19.
Isso ocorre devido ao uso das tecnologias que são possíveis detectar, por meio de algoritmos, os candidatos mais qualificados em larga escala ainda na fase pré-admissional e selecionar aqueles com maior potencial de produtividade para as vagas abertas.
Se um ser humano demora minutos para fazer uma análise de currículo, a IA (Inteligência Artificial) consegue avaliar milhares de candidatos em poucos segundos. Logo, o ganho de tempo – em um momento de pandemia onde cada dia conta – é brutal. Sendo assim, é importante ressaltar que ela não substitui um especialista humano para interpretar suas variáveis e para lapidar relacionamentos e resultados em torno dela.
A utilização desta tecnologia também contribui para que as seleções sejam mais justas, e baseadas nas reais qualificações de cada candidato. Além de eliminar estereótipos que são criados com base no preconceito ou quaisquer associações do tipo. A produtividade trazida pela Inteligência Artificial garante que todo currículo recebido seja avaliado. Não existe o risco daquele candidato perfeito para a vaga não ser selecionado, justamente porque o RH não conseguiu avaliar todos os currículos a tempo.
Referência brasileira em medicina e também no combate contra o novo coronavírus no Brasil, o Hospital Israelita Albert Einstein se tornou um exemplo de sucesso no uso da IA na contratação de profissionais de saúde. O hospital disponibilizou os links de avaliação para que os candidatos pudessem responder de maneira digital a uma das etapas do processo seletivo. Com os formulários devidamente analisados pela Inteligência Artificial, foi possível, em menos de três dias, preencher em torno de 150 vagas – uma seleção que demoraria em média 30 dias, caso fosse feito de forma convencional. O próprio hospital considerou este o processo mais ágil de contratação em massa já feito em sua história. O resultado, é uma maior capacidade de atendimento em menos tempo, e consequentemente mais vidas salvas.
O uso da IA para a gestão do Recursos Humanos na saúde é um caminho sem volta. Após a pandemia, esta tecnologia continuará contribuindo para que os departamentos de RH dos hospitais e instituições de saúde possam dedicar mais tempo ao que é estratégico. Executar centenas de telefonemas e enviar milhares de e-mails não será mais atribuição dos profissionais do departamento.
A automação nas funções mais mecânicas, além de agilizar os trâmites, permitirá que os colaboradores do departamento possam ter suas mentes livres para focar em projetos mais criativos.
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