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O valor da integridade


Em um mundo em constante transformação e amplo acesso à informação, somos frequentemente surpreendidos com notícias que colocam em jogo a reputação de governantes e empresários. Seja na política ou economia, no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo, muitos são os exemplos dos quais a honestidade e ética ficaram em segundo plano. E isso se dá provavelmente pela ganância por poder e dinheiro, na busca de se beneficiar a qualquer custo, sem se importar com consequências futuras.


Nas organizações, o que se espera é que um líder consiga pensar, se expressar e agir de forma coerente. Segundo recente pesquisa da Robert Half, com mais de mil trabalhadores e dois mil diretores nos EUA, a integridade é a competência primordial em líderes. A característica foi considerada fundamental para 75% dos trabalhadores e para 46% diretores.


É ótimo perceber que esse atributo seja valorizado em um ambiente competitivo e que visa o lucro consistente. Integridade é a linha mestra, a coluna, a espinha vertebral da vida de todos nós. Algumas pessoas acreditam que não é tão importante ser íntegro para ter sucesso, mas sem isso o sucesso é curto, morre rápido, e dificilmente há chance para a segunda geração.


Para uma organização ter uma base sólida e um futuro de longo prazo, seja uma empresa ou um partido político, a liderança deve ter coragem e sabedoria para persistir no caminho mais difícil da integridade. E vai ser necessário aceitar algumas derrotas no caminho e saber que a integridade é construída diariamente, independentemente do grau de responsabilidade da ação.


Mais que isso. Além de praticada no ambiente organizacional, tal atitude deve ser executada na vida pessoal. Quando você diz para o seu filho “Coma verdura!” e não põe o que está cobrando em prática, a solução é parar de falar ou começar a comer verdura. Nada duradouro se cria somente com um discurso. O pensamento, a fala e a ação precisam estar coerentes. Quando esses três elementos estão coesos, há uma carga enérgica tão forte dentro de você que é quase impossível alguém te parar. Líderes que praticam esse exercício diariamente sabem o quanto isso ajuda a engajar os colaboradores a fazerem o mesmo. Dessa forma, além de ter equipes mais motivadas, será perceptível a melhora no desenvolvimento dos negócios, atraindo clientes e investidores.


Assim, quando se quer ter uma organização duradoura, uma trajetória produtiva é primordial começar a avaliar a própria vida e descobrir o que está desalinhado. Esse não é um processo fácil e requer compromisso. O ser humano tem a tendência de se enganar, de mentir para si mesmo as vezes sem nem perceber, quando isso ocorre perde integridade e no decorrer de sua vida isso perverte seus objetivos. Os executivos tem pelo menos, no dia a dia organizacional, milhares de oportunidades de receber um feedback efetivo, sincero e coerente. Mantendo essa postura será possível conseguir descobrir onde você está errando. A mudança está dentro de cada um e há sempre tempo para ser justo e honesto, consigo mesmo e com os outros.




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